Esse foi um passeio que programamos com alguma antecedência. Como Pirenópolis fica a somente duas horas de Brasília, onde meu irmão mora, aproveitamos que nossa mãe viajou junto comigo para a casa do meu irmão e planejamos essa viagem, que há tempos eu queria fazer e era sempre adiada. Viajamos no dia 7 de abril, mas como houve uma certa confusão no final da viagem, não fiquei muito no clima para postar a viagem no dia seguinte. Detalhes adiante.
Alugamos um carro na noite anterior à viagem (dia 6/4), pois o carro do meu irmão não estava muito cristão para pegar estrada. No dia seguinte, acordamos, tomamos nosso café e saímos por volta de 9 da manhã. Escolhemos ir pela GO-225, mas na metade do caminho nos arrependemos da escolha que fizemos, porque tinha mais buracos que peneira a estrada, e tínhamos que ir devagar, senão corríamos o risco de ficar no meio do caminho. Mas apesar de esburacado o caminho, tinha uma paisagem bem legal, com muitas fazendas de milho.


Às 10:30 passamos pelo portal da cidade, que lembra muito Paraty, no Hell de Janeiro.

Enquanto entrávamos na cidade de carro, meu irmão sugeriu ver o preço da Pousada dos Pireneus Resort, que ele disse que era muito bonita. Liguei para a pousada e vimos que o preço para um quarto triplo sairia a 950,00 por uma noite. Achando caro demais, seguimos para a pousada Casa Grande, que foi a pousada que meu irmão ficou das vezes que foi a Pirenópolis com sua família, que era a metade do preço. A localização dela é ótima, bem pertinho de tudo, e dá pra rodar por todo lado a pé, basta ter disposição.


Entramos na pousada e fizemos o check-in. Normalmente, a entrada na pousada é às 14 horas, mas como era uma quinta-feira e a cidade estava meio vazia, deixaram a gente se alojar naquele momento mesmo. Aqui no blog colocarei somente as fotos por ora. Fiz vídeo, como fiz para a viagem de Gramado, no Youtube, e coloquei o link no final do post.
A pousada fica em um grande terreno de 130 metros de comprimento por 30 de largura entre duas ruas, a Rua Aurora e a Rua Pireneus.
A recepcionista nos levou até o nosso quarto, que ficava nos fundos do terreno, a 80 metros de distância. É uma área bem arborizada e gostosa.

Entramos no quarto, olhamos, e tendo gostado, decidimos ficar.
Não sei por que cargas d’água não tirei foto do banheiro, mas era um banheiro muito simples, com chuveiro com box de blindex, vaso sanitário e chuveiro elétrico. E na frente da porta do banheiro, tinha uma pia com espelho e ao lado umas prateleiras de madeira para apoio, e onde encontramos as toalhas. Apesar de tudo simples, o quarto era bem cheirosinho e limpinho.
Depois de olharmos e aprovarmos o quarto, pegamos a chave do quarto com o controle do portão do estacionamento, que ficava em frente ao nosso quarto, e fomos até a entrada pegar o carro para nos instalarmos. A recepção fica na Rua Aurora, e a entrada do estacionamento na Rua Pireneus.
Deixamos nossas coisas e resolvemos sair para explorar. Meu irmão sugeriu irmos até a Pousada dos Pireneus (aquela que vimos o preço), e ver se gostávamos para uma próxima ida a Pirenópolis, pois tenho intenção de voltar lá com minha filha, que ainda não conhece.
A alguns minutos da Casa Grande, logo chegamos a Pireneus, que é um resort ENOOOOORME que tem uma estrutura de lazer muito boa, conforme se pode ver no mapa abaixo, inclusive cavalos para cavalgada, que não está explicitamente identificado no mapa.
Chegamos na recepção e dissemos que gostaríamos de conhecer a pousada para uma futura hospedagem. A moça na recepção nos deu uma pulserinha de visitante e entramos. Logo na saída da recepção fiquei deslumbrada com o cenário. Tudo muito bonito e limpo. Uma imensa área verde com um corredor de palmeiras que nos leva até o restaurante.


Chegando ao restaurante, havia outra recepção, onde a moça nos informou que o day use da pousada é 150,00 por pessoa, mas que poderíamos almoçar somente, sem pagar pelo day use. Porém disse que teríamos acesso às demais áreas da pousada para visitação somente antes de ela nos dar o cartão para uso do restaurante. Então, fomos explorar (nos vídeos dá pra ver melhor a lindeza que é essa área do restaurante).


A área da piscina é gigante, e as piscinas MUITO convidativas, ainda mais porque estava um calor medonho, e eu estava desejando naquele momento mergulhar naquelas piscinas.
Para crianças essa pousada é tudo de bom, porque tem um toboágua e parque aquático.


Depois de andarmos por toda a área da piscina e desejar loucamente estar debaixo da cascata de água que tinha em uma delas (que estará no vídeo no Youtube em breve), resolvemos sentar para almoçar. Escolhemos ficar na área onde tem o forno de pizza, perto da piscina (abaixo).
Pedi um rolê de frango com recheio de provolone, minha mãe pediu um frango com creme de milho e banana frita e meu irmão pediu um peixe com arroz de frutas. Estava boa a comida, mas pelas coisas tão bonitas que tínhamos visto até o momento, juro que esperava coisa melhor. De o a 10, fico com 4).
E após comermos, pagamos a conta e saímos do restaurante, e fomos em direção à recepção da pousada, porque queríamos ver os apartamentos como eram. No meio do caminho, mais umas fotos.
Um funcionário nos acompanhou até um dos apartametos mais simples para tres pessoas.
Confesso que por tudo o que eu já tinha visto até então, acreditei que os quartos seriam melhores, ou que pelo menos não teriam tanto cheiro de mofo. Apesar de ser bem mais modesta, a suíte que escolhemos na Pousada Casa Grande ganha de lavada no quesito sensação de limpeza, porque não tinha cheiro de mofo / quarto fechado. Esse é um grande problema de grandes pousadas, porque a Pireneus tem 145 apartamentos, até onde lembro o rapaz que nos acompanhou dizer, e em épocas de pouco movimento, os quartos ficam fechados por muito tempo.
Terminando nossa visita, resolvemos voltar para a cidade para dar uma voltinha. Havíamos visto uma sorveteria artesanal quando chegamos, e foi lá que fomos direto.
A qualidade não era a de uma BACCIO DE LATTE, mas graças a Deus não era a de uma KIBON! O sorvete era bem gostoso, e tinha uns sabores bem peculiares, como um dos sabores que escolhi: Gorgonzola com goiabada (o outro foi iogurte com amarena). Dava para sentir que era feito mesmo com creme de leite fresco.

Sentamos em uma das mesinhas para tomar o sorvete, e observamos uma área bem legal atrás da sorveteria. Não entendi bem o que era. Parecia os fundos de algum dos estabelecimentos ao lado, ou talvez até mesmo da própria sorveteria, sei lá. Só sei que era bem legalzinho.
Terminando o sorvete, começamos a explorar as lojinhas de artesanatos, e reparei que toda a cidade tem as ruas calçadas com pedras retangulares habilidosamente colocadas uma ao lado da outra formando um gigante mosaico.
Encontrei uma lojinha chamada So Arts que tinha umas coisas lindíssimas. Bati o olho em uma estatueta de barro de uns 45 cm de altura, que me deixou louca pela lindeza dos detalhes (abaixo). Não aguentei o desejo incontido e comprei. A ideia que tive inicialmente foi enviar por transportadora para a minha casa, mas no final da viagem a Brasília, resolvi comprar uma caixa de isopor e despacha-la no mesmo avião que voltei para o Rio. Chegou inteira, sã e salva! Vou coloca-la na nova sala de TV que vou fazer na minha casa.
Em outra loja, vi uns picolés de uns sabores bem exóticos, que não tem no Hell de Janeiro, até onde sei: pequi, murici, mangaba, açaí, cupuaçu, groselha, cajá-manga e outros.

Não terminamos de ver todas as lojas, mas como minha mãe já estava cansada, pegamos o carro e voltamos pra nossa pousada, onde tomamos um banho e tiramos um cochilo rapidinho para nos prepararmos para o jantar legal que planejamos.
Depois de 1 hora e meia mais ou menos, somente eu e meu irmão saímos para andar mais. Minha mãe não estava mais com disposição de caminhar, e nos pediu que comprássemos um pastel para ela na volta do nosso jantar.
Saímos por outro lado para ver mais lojas, e para não ficarmos andando com coisas nas mãos, fomos de carro de novo. Antes, passamos em um mercadinho para comprar água mineral para colocarmos no frigobar da pousada, porque o preço das bebidas lá era bem caro.
Meu irmão queria comprar um mensageiro dos ventos pra ele, e em uma das lojas que encontramos, ele ficou na dúvida se comprava de bambu, de alumínio ou de pedra, e na dúvida, comprou um de cada, rsrsrsrrs.
Entramos em uma loja de móveis e decoração, chamada Casa Colonial (foto abaixo) que me deixou extasiada. Tinha muita coisa que se eu fosse montada na grana compraria, com certeza. Ser pobre é uma m…

Eu fiquei tão encantada com tudo que até me esqueci de fotografar o que vi, só depois que saí é que me dei conta, mas meu irmão não teria paciência de voltar e esperar eu fotografar as coisas.
Desde que voltei de Gramado, meu anel de filigrana que comprei em uma loja na Ponte Vecchio em Florença, na Itália, “desapareceu”. Fiquei MUITO triste, ainda mais porque o anel custou 900 euros, e eu não sabia se ficava arrasada por causa do anel de valor sentimental ou do dinheiro que perdi. E antes de viajar para Gramado, eu tinha tirado foto do anel somente para o caso de eu algum dia perdê-lo, e com a foto dele eu poderia mandar fazer outro. Depois que o anel sumiu, eu pensei que, como a filigrana não é uma coisa muito comum no Brasil, seria muito difícil encontrar uma loja de filigrana em terras tupiniquins, mas eis que, arrumando minha bolsa para a viagem para Brasília, encontrei o anel escondido em um lugar na bolsa que eu já tinha olhado pelo menos umas 3 vezes. Enfim, fiquei muito aliviada que não precisaria mais procurar uma loja de filigrana (ainda), mas fiquei pensando, e se eu perdesse de verdade o anel um dia, como iria mandar fazer outro, já que não é qualquer ourives que trabalha com filigrana? E ficou por isso mesmo.
Esse é o tal anel. Ele custou 900 euros porque era de ouro amarelo e eu mandei rodinar (cobrir com RÓDIO, o vulgo ouro branco), para que ele ficasse branco em vez de amarelo, porque apesar de ser muito bonito amarelo, ele chamava muita atenção com cor de ouro, e branco, ele pareceria bijuteria aos olhos de leigos. É um valor bastante caro para uma peça de ouro desse tamanho, mas eu paguei pelo trabalho do artista (pois não é qualquer um que faz filigrana), e pela satisfação de “ter de volta” um anel de filigrana de prata que comprei em Florença em 1987 quando fui à Europa pela primeira vez na vida, e que foi roubado por uma das muitas empregadas que trabalharam na minha casa. Portanto, esse anel tem muito valor sentimental pra mim, e eu sempre pago o preço que for pelo que quero muito (e que possa pagar). Hoje esse anel está perdendo o ródio e está ficando amarelo. Na foto já dá pra ver isso. Em breve terei que mandar rodinar de novo.
Voltando a Pirenópolis, eis que estamos caminhando pelas ruas de Pirenópolis e esbarro com uma loja que me deixou perplexa: uma loja de joias de filigrana de prata.

Na mesma hora entrei e fui olhar as joias que eles tinham. Descobri, assim, que a filigrana fabricada no Brasil é diferente da fabricada na Europa. Na Europa a filigrana é maior (como a do meu anel que mostrei ali em cima), e particularmente, eu acho a filigrana maior mais bonita e vistosa.


Acima estão algumas joias em filigrana de prata. Agora, olhando as fotos enquanto faço este post, eu penso que poderia ter comprado uns dois pares de brincos que gostei.
Apesar de a filigrana europeia ser mais bonita pro meu gosto, a filigrana brasileira é muito delicada e bonita também.
Saindo dessa loja, fomos até a Igreja Nossa Senhora do Rosário. Considerada o maior e mais antigo monumento histórico de Goiás, ela passou pelo abandono, revalorização histórica, um incêndio que a destruiu por completo, e sua reconstrução.

O altar que hoje está lá veio de outra igreja que havia em pirenópolis, e que havia sido destruída. Leia mais sobre a história dessa Igreja clicando no link que está nome dela ali em cima.
Como podem ver, as imagens estão cobertas por um pano roxo. Eu mesma não sabia o motivo, porque apesar de ter sido batizada na Igreja Católica, não sigo hoje qualquer religião. Mas fiquei sabendo o motivo porque perguntei para a mulher que fica na sala de entrada, e a resposta está aqui.
É tudo MUITO simples. Pra quem já viu a riqueza e a suntuosidade do vaticano, nem sente vontade de ver igreja tão pobre. Mas vale a pela visita-la nem que seja para conhecer a sua sofrida história. A entrada é pela lateral, e ao entrarmos passamos primeiro por uma sala, onde pagamos 2 reais de ingresso. Nessa mesma sala tem painéis com fotos que contam a história do incêndio e da reconstrução da igreja.


Saímos da igreja já no finzinho da tarde. Fomos caminhando pelas ruas e passamos por uma loja de empadão. Por todo lado tinha loja do “famoso empadão goiano”, e eu, muito curiosa que sou, resolvi entrar em uma loja para ver o que tinha esse empadão de especial.


O tal empadão é muito diferente do empadão a que estou acostumada. Na verdade, é uma torta salgada em formato de empadinha (só que tamanho “plus plus” size – 15 a 20 cm de diâmetro) com uma massa tipo de joelho (salgado de queijo e presunto) em vez da conhecida massa esfarelenta feita de farinha e manteiga. Tem um recheio bem rico e gostoso (frango, linguiça, queijo, batata, molho e azeitona), e custou 20 reais. Comprei um para comer em algum momento, mas não quis comer na hora porque iríamos jantar na ruazinha dos restaurantes, eu e meu irmão.
Caminhamos por mais algumas ruas apreciando a arquitetura local, e vimos algumas coisas interessantes, dentre elas, o um antigo prédio do Cine Pireneus.

Chegamos à rua dos restaurantes (Rua do Lazer) e amei. Estava ansiosa para sentar e tomar uma bebidinha e relaxar com meu irmão.
Infelizmente, antes que pudéssemos sequer escolher um restaurante para começarmos nossa noite agradável, minha sobrinha, que tem mais de 20 anos na cara, estragou nossa noite com umas mensagens infantis sobre um assunto polêmico na família. Ficamos tão aborrecidos, mas tão aborrecidos, que acabou o clima de diversão. Ela conseguiu estragar nossa viagem de uma maneira rápida e simples. Poderíamos ter deixado tudo de lado e prosseguido com o passeio? Poderíamos; mas o que ela fez foi tão cabeludo e aborrecedor que não teve mais clima mesmo.
Estávamos ambos de cara amarrada e famintos. Como tínhamos que levar o pastel que nossa mãe pediu quando voltássemos, resolvemos comer pastel também. E apesar de aborrecida, eu consegui tirar uma foto da pastelaria, cujo pastel era bastante gostoso e grande (recomendo).

Como não queríamos levar a questão até o conhecimento da nossa mãe, inventamos uma desculpa qualquer para voltarmos cedo para a pousada, tomamos nosso banho e fomos dormir às 9 da noite.
No dia seguinte descobri que, assim como eu, meu irmão levou uma eternidade para pegar no sono, tamanha a raiva que estávamos sentindo do bafafá. E por termos conseguido dormir somente muito tempo depois, acabamos acordando 9 e meia da manhã. Como o café ia até 10:30, levantamos e fomos lá tomar nosso café para ver se isso levantava nossos ânimos.
Chegando lá no restaurante da pousada, vimos que era tudo muito muito simples. Era tudo tão simples que nem tirei fotos. Básico do básico. Até o serviço era tão básico que foi uma droga. Colocamos o leite quente na xícara, mas quando fomos colocar o café, a garrafa estava vazia. Foi preciso avisar ao único rapaz que estava na cozinha que tinha que tinha acabado o café. E quando o café finalmente ficou pronto, o leite estava quase frio. Despreparo total. Quanto ao pão de queijo, ele colocava TRÊS UNIDADES por vez em um minúsculo pratinho na bancada. Peguei os 3 quando chegaram, mas dei o azar de deixar um deles cair no chão. Fiquei tão aborrecida com tudo (resquícios da raiva da noite anterior), que fui lá na recepção falar com a recepcionista a respeito. Obviamente falei com modos e educação, pois ela não tinha culpa de nada, mas deixei como sugestão, que antes que o café da garrafa acabe, que o único rapaz da cozinha já comece a fazer outro, e que não sejam tão miseráveis para servir pão de queijo, que é uma coisa que todo mundo gosta e come bastante.
No final das contas, o café foi uma droga, quase não comi nada e ao voltar pro quarto comi o salve-salve empadão que tinha comprado no dia anterior. Esse, sim, estava uma delícia.
Arrumamos nossas coisas e partimos em direção a Brasília. Em Abadiânia, paramos em uma loja de móveis rústicos, onde fiquei igual a pinto no lixo. Queria levar tudo, mas não levei nada.





E saindo da loja, poucos quilômetros à frente paramos em um restaurante chamado Jerivá, para almoçarmos. Ao lado dele havia dois outros restaurantes, onde paramos para que eu pudesse ver um a um qual era o melhor. Esse Jerivá é maravilhoso. Eles têm uma fazenda própria que abastece o restaurante. Eles fabricam uma linguiça (tipo de churrasco) MA RA VI LHO SAAAAAA, recheada com queijo e uns temperos magníficos. Se tivesse como eu trazer pra casa, eu teria comprado uns 10 quilos. Vai ficar só na memória até minha próxima ida a Pirenópolis, quando eu espero conseguir desfrutar de uma noite agradável com meu irmão, para compensar o fiasco que foi nossa noite anterior.
Enfim, é isso aí, gente. Provavelmente ficaremos novamente na pousada Casa Grande da próxima vez. Espero que, como disse a recepcionista, quando eu voltar o serviço da cozinha esteja melhor.
Vídeo do passeio
Feliz Páscoa a todos!