Eu e minha filha fizemos uma viagem para Gramado, mas eu tinha resolvido não fazer posts diários da viagem como sempre faço, porque acreditei que não teria nada de diferente para dizer em relação à viagem do ano passado, já que não tínhamos planos de fazer turismo. A intenção era mesmo aproveitarmos nossos 10 dias de férias curtindo o frio. Mas acabou que teve algumas coisas diferentes, e muitas coisas para contar, e sendo assim, resolvi fazer este post para contar as coisas mais relevantes.
Este ano, além de eu e minha filha Gabi, resolvi chamar minha amiga Malu para ir conosco, e ficamos em um apartamento no Airbnb, em vez de em um hotel. O apê era muito bem localizado, a uma curta caminhada até a rua coberta, que é a principal referência da cidade, na Avenida Borges de Medeiros.
Chegamos com um dia lindo de sol, e o frio gostoso que eu esperava tanto. Foi um excelente início de viagem. Mal sabia o que viria nos dias seguintes, hehehehe.
Quando aluguei o apartamento, passei a ter contato constante com o dono do apartamento, que era uma pessoa simpaticíssima. No dia em que chegamos, ele e a namorada nos receberam no apartamento, e na noite daquele dia (dia 06 de agosto), nós combinamos de sairmos todos juntos para jantar. Ele escolheu o seu local preferido para o encontro, que é uma hamburgueria chamada White Fly, que fica na avenida principal (a Borges). Antes de nos encontrarmos, fomos até o outro apartamento dele conhecer, pois ele também está listado no Airbnb, e eu queria ver se me agradava mais do que o que estávamos, para que pudéssemos ficar nele na próxima vez. Por sinal, eu gostei bem mais dele, pois é mais perto do buxixo, e também mais bonito.
Como chegamos em Gramado por volta do meio-dia, fomos almoçar em um restaurante cuja propaganda havia visto em um canal do Instagram (@gramadoblog). O restaurante era o Di Pietro, que fica ao lado da Igreja de São Pedro. O ambiente parecia bem legal na postagem no Insta, e apesar de ser bacana, eu confesso que fazia uma ideia diferente (melhor) do ambiente do restaurante. Apesar da expectativa ambiental frustrada, a comida estava deliciosa, e eu recomendo o lugar. No entanto, preparem os bolsos porque, como quase tudo em gramado, o preço é salgadim.
Para não perdermos tempo dormindo ou descansando, resolvemos bater perna. Voltamos à loja Mãos do Mundo para comprar uns incensos que uma amiga pediu. Mas diferente do ano passado, este ano tivemos uma experiência um quê desagradável. Eu queria comprar um brinco, mas a vendedora disse que não podia experimentar. E mesmo ela fazendo cara muito feia e eu reclamando que não poderia comprar se não visse como ficariam os brincos em mim, eu os coloquei. Eu acabei levando os brincos, mas a raiva foi tanta que eu deveria era ter deixado eles lá. Em nenhuma loja de bijuterias em Gramado as pessoas eram proibidas de experimentar os produtos. Uma frescura sem tamanho, que mudou minha opinião em relação à loja. Vendedoras assim afastam as pessoas, e minha vontade foi de reclamar com a gerente, mas como a vendedora disse que eram regras da loja, não penso que a gerente diria ou faria algo diferente em meu favor. Larguei de mão, e não voltei mais à loja. Caminhamos pela Borges e depois fomos ao mercado que fica bem pertinho do apartamento, para comprarmos mantimentos para nossa estadia (cafés da manhã).
Depois de arrumarmos tudo, tomamos um banho e nos preparamos para encontrar o anfitrião e sua namorada, que também era super simpática e atenciosa. Foi uma noite muito agradável. A hamburgueria tinha uma banda “old-fashioned” tocando músicas bem legais, e os sanduíches artesanais eram bem saborosos, embora eu já tenha comido melhores em outros lugares. Eu diria que era… diferente.
Nos dias que se passaram fazíamos basicamente as mesmas coisas. Acordávamos, tomávamos nosso café e banho e saíamos sem rumo e sem destino. Nos primeiros dias fomos mais às lojas e restaurantes que já havíamos ido antes, então, nada diferente do que postei no ano passado.
O que aconteceu de diferente foi que fomos a alguns lugares que não fomos antes, e que passamos por algumas situações ligeiramente estressantes, que narrarei mais adiante.
Uma das coisas que fizemos diferente foi irmos ao Geo Museu. A ideia foi da Gabi, e como sempre, eu inicialmente chiei um pouco, achando que iria ser um programa sacal, mas ledo engano. Apesar da chuva (e maravilhoso frio), foi um programa muito legal (aliás, fazer programas indoor com chuva é a melhor opção mesmo). O museu tem uma coleção de peças bem interessante, com muitos geodes, árvores petrificadas, fósseis e pedaços de meteoritos caídos em diversas partes do mundo. Super valeu o passeio.
Como todo museu, também tinha uma loja, e minha amiga Malu fez a festa nas bijuterias de pedras. Gastou uma pequena fortuna.
Nesse dia, a pedido da Gabi, resolvemos ir almoçar no hotel onde nos hospedamos no ano passado, o Ritta Höppner. Aproveitamos para mostrar à Malu esse grande achado que fizemos, e este ano o cardápio “Experiência Alemã” mudou e teve a inclusão de uns itens. Ainda pagamos um preço fixo por pessoa (159,00), mas desta vez podemos repetir o que quisermos, das entradas às sobremesas (tudo incluído no preço). Super surtamos. Comemos tanto que quase passamos mal, e tudo regado a vinho, claro! Sem falar que a comida é maravilhosa. O spätzel foi o meu preferido.
E já no dia seguinte o clima mudou. O tempo fechou e foi ficando bem frio. Apesar da chuva, amei cada segundo. Baixou um nevoeiro denso que deu um ar de montanha à cidade. Mas nem durou muito. E eu, continuo boquiaberta com o fato de não existir sinal de trânsito na cidade e ninguém morrer atropelado.
Eu levei 3 óculos: um multifocal, um para perto e um para longe. O multifocal, não sei como quebrou uma perna. Não me desesperei a princípio, porque eu ainda tinha os outros dois óculos, então em teoria não haveria grandes estresses. Porém, o perrengue estaria por começar.
No dia seguinte eu queria ir almoçar no Hard Rock Café. Ano passado fiquei um pouco decepcionada com a unidade de Gramado, mas resolvi dar outra chance e não me arrependi. Este ano, além de a minha salve-salve salada Caesar estar fantástica, ainda tinha o copo souvenir disponível para venda, para engordar minha coleção. E desta vez escolhi almoçar, e não jantar, pois à noite tem banda tocando e é um barulho medonho. Além de não pagarmos couvert artístico, não teve zoeira, e estava bem vazio. Maravilha, pois fomos atendidas logo! Eu estava super feliz, rindo à toa, mas meu pesadelo iniciaria em seguida.
Saindo do Hard Rock, fomos caminhando pela rua em direção à Casa do Colono, que é uma loja que vende coisas gostosas (queijos, salames, doces), e que fica bem pertinho do Hard Rock. Porém, ao chegar na esquina, pus a mão onde supostamente estariam meus óculos de longe, e cadê???? Perdi os óculos, que estavam presos no meu casaco.
Como na última vez que o vi eu estava com ele dentro do Hard Rock, eu voltei todo o caminho até o restaurante olhando o chão, mas nada! No Hard Rock perguntei se tinham encontrado os óculos, e nada! O desespero se instalou. Agora só tinha os óculos para perto, e não preciso dizer que meu feliz humor ficou bem gloomy! E o resto do dia foi uma bosta, hehehehe.
De mau humor, íamos sair à noite pra jantar, mas eu não quis mais. Acabamos pedindo comida no Neni, um dos meus restaurantes preferidos. Infelizmente eles não entregam, mas Gabi foi com Malu buscar, enquanto eu remoía meu mau humor em casa. A delícia do prato que pedi melhorou um pouco meu humor e salvou a noite.
No dia seguinte, Gabi sugeriu que fôssemos a todas as lojas por onde passamos em frente, para ver se por algum acaso alguém tinha encontrado os óculos e entregado na loja, e assim fizemos. Ela foi na frente, enquanto eu ia caminhando mais devagar com a Malu. Ela foi direto para o Hard Rock Café, e por sorte não precisou ir a lugar nenhum mais, pois era lá que os óculos estavam. Quando ela me avisou pelo WhatsApp que os tinha encontrado, eu dei um baita grito no meio da rua (e Malu também), e fiquei até com vergonha. Mas a felicidade voltou, pois eu ia voltar a enxergar para longe de novo, heheheh.
Legal? Legal! Mas a alegria durou pouco DE NOVO! No dia seguinte uma perna desses mesmos óculos QUEBROU também!!!! Agora eram dois óculos para longe inservíveis. E novamente, fiquei somente com os óculos para perto. Pareceu até que alguém tinha rogado praga pra mim e queria que minha viagem fosse uma droga.
No dia seguinte, fui a uma ótica ver se as lentes cabiam em alguma armação. E depois de muito procurar, por sorte, elas couberam em uma armação somente, e feia pra dedéu, mas era o que tinha para o momento. E foi ela mesma que comprei, para não ficar sem óculos nenhum para longe. Já quase me acostumei com a armação, rsrsrsrs.
Almoçamos em outro restaurante indicado pelo @gramadoblog, o Alecrim Santo, que é um restaurante a quilo onde você paga 60 reais para comer à vontate, ou paga o peso que colocar no prato. Meu padrão alimentar é um pouco exigente em viagens, e apesar de ter uma quantidade razoável de opções de saladas, pratos quentes e sobremesas, eu achei meia boca. É um restaurante para quem quer comer muito (comida simples) e pagando pouco. Voltaria somente se a situação estivesse periclitante financeiramente, porque fazer um passeio tão legal comendo comida a quilo ou sanduíche é aproveitar mal a viagem (na minha concepção).
E a temperatura caiu maravilhosamente. Agora eram 7 graus, e eu amando Gramado.
Continuamos andando pelas lojas, Malu sempre parando nas lojas de couro, e sempre à procura de um determinado tipo de chapéu. Eu só acompanhava, pois não tinha intenção de comprar nada, exceto os chocolates da Prawer, hehehehe.
Todas as manhãs a gente tomava nosso café no apartamento mesmo, que é bem equipado e tem tudo o que precisamos. E basicamente todos os dias sempre saíamos explorando as lojas.
Almoçamos no Brulèe, que foi um restaurante aprovadíssimo do ano passado. Comida e sobremesa (creme brulèe, claro!) ótimas, em um restaurante que sempre voltarei e super recomendo. Eles caramelam o açúcar da sobremesa ali na mesa, na sua frente.
Fizemos uma verdadeira via crucis pelas lojas de bijuterias. Malu ficou horas escolhendo coisas pra ela, e Gabi, que está em uma vibe de usar 2 anéis em cada dedo, não foi diferente. Acabei comprando unas cositas para mim também, né… fazer o que? Nesse negócio de esperar as dondocas, acabei explorando os produtos da loja também para passar meu tempo. Voltamos tantas vezes à loja Caixa de Veludo (na Borges de Medeiros), que ficamos quase íntimas da Thais, a vendedora mega simpática que nos atendeu de maneira oposta àquela antipática da Mãos do Mundo. Até champanhe e petiscos degustamos na loja no dia de abertura do festival de cinema. Super recomendo essa loja também. Bijuterias de prata e folheadas a ouro, finas e muito bonitas, que fazem a gente gastar um tempo significante escolhendo (ou tentando escolher).
E no meio da nossa viagem, começou a semana do cinema em Gramado, como mencionei acima. Foi uma grande porcaria, porque eles fecharam o meio da rua Coberta no seu comprimento, de forma que para passar de um lado ao outro da rua, precisávamos seguir até o final da rua para dar a volta no cercado do tapete vermelho. Infelizmente eu reservei essas datas da viagem muito antes de saber que essa titica aconteceria. Mas apesar disso, achei que a cidade fosse estar mais cheia. Na próxima viagem, irei em setembro ou final de agosto.
Malu estava ansiosa para tomar uma sopa de capeletti, e em uma das nossas caminhadas ela havia visto uma delicatessen pequenininha em uma rua transversal próxima ao apartamento, onde serviam sopa de capeletti. Resolvemos então ir tomar a sopa e ver qual era.
Quando chegamos na birosquinha Lovatto & Sartori fiquei meio relutante a entrar porque estava vazia, mas como não se tratava somente das minhas vontades, entrei. Eles fazem pães artesanais, com fermentação natural, e comemos vários super crocantes com manteiga, esperando a sopa, que não decepcionou. Os pães estavam tão gostosos que quase não sobrou espaço no estômago pra sopa, heheheh.
Os proprietários são descendentes de italianos e eram mega simpáticos. Pai, mãe e filho, ah, e uma gata, nos atenderam super bem, e deixaram com vontade de voltar, pelo menos pelos pães, que amei de montão. Acabei voltando pra comprar pães e uns frios, de manhã, num dos últimos dias da viagem.
Cinco dias depois da nossa chegada, o tempo, que até então vinha seguindo chuvoso, finalmente deu uma trégua e o céu limpou, com um magnífico frio de 5-6 graus. Enfim, víamos estrelas!
Eu e Gabi resolvemos ir comer a sobremesa no Neni, e pedimos um brownie com sorvete e caldas de chocolate e doce de leite, beeeem light, rsrsrsrsr. Top!!!
Como no dia seguinte fez sol, resolvemos pegar um Uber e ir para o Alpen Park em Canela, pois queríamos andar no trenó que Gabi tinha visto em algum lugar.
Chegando ao parque, compramos os ingressos para o trenó e ficamos cerca de 40 minutos na fila até chegar nossa vez. Eu fui com Gabi em um trenó e Malu foi sozinha em outro. O bagulho é bem legal, mas me deu um certo desespero, não pela velocidade da descida, mas por causa das curvas. Apesar de a pessoa que senta atrás poder controlar a velocidade com a malopla que fica ao lado do assento, não tem graça ir num “brinquedo” desses descendo devagarinho. Me borrei de medo daquele treco tombar nas curvas, com nosso “peso pluma” conjunto. Gritei feito doida, mas foi divertido. Talvez volte ano que vem.
Dali, demos um rolé pelo parque, tiramos algumas fotos, fomos a umas lojinhas, e foi ali que aconteceu mais um episódio desagradável. Estávamos no deque de madeira sobre um morro que tinha uma linda vista da paisagem (foto abaixo).
Estão vendo esse deque de madeira? Pois é, Gabi gesticulou com a mão e o anel de ouro que minha mãe deu a ela pulou fora do dedo e caiu pela frestinha do deque lááááá embaixo no morro. Ficamos 5 minutos ali, paradas, remoendo a dor da perda e lamentando, e quando já estávamos quase conformadas com o prejuízo, Gabi resolveu ir falar com alguém do parque pra ver se encontrava o anel. Seria como achar uma agulha num palheiro, pensamos, mas o NÃO a gente já tinha, então não custava arriscar. Gente, vocês acreditam que o rapaz achou o anel em 5 minutos? Inacreditável! Cheguei à conclusão de que tudo que perdemos em Gramado, achamos. Ano passado foi meu guarda-chuva, lembram? Este ano foram meus óculos e o anel da Gabi. Penso que tinha alguém querendo que a gente se desse mal nessa viagem, hehehehehe, mas Deus era conosco (ou São Longuinho, porque demos muitos pulinhos).
E saindo do parque, fomos até a cidade (Canela) para almoçar. Visitamos a catedral, tiramos algumas fotos e sentamos no Otto Bristrot, que fica bem em frente à catedral. Achei a comida gostosa e com boa apresentação.
Dali seguimos para o Castelinho Caracol, para comermos nossa tão esperada sobremesa: o magnífico strudel de maçã com nata, que passei o ano inteiro esperando pra comer. O melhor strudel da vida!!!
E de pança cheia, seguimos de volta para Gramado.
À noite jantamos somente eu e Gabi no Neni. Malu não estava com fome e resolveu não nos acompanhar. Pedimos de entrada palitos de polenta frita, que estavam fantásticos e crocantes, e depois comemos um filé à Parmegiana, que confesso não estava tão saboroso quanto esperava. Talvez fosse o início do paladar estragado pelo meu resfriado que começava. Até fiz um teste de covid três dias depois, mas deu negativo. E a parte chata foi ter que passar a usar máscara durante todo o resto da viagem.
Com mais um dia bonito, na manhã seguinte resolvemos ir à Nova Petrópolis. Eu não queria ir de jeito nenhum, porque não tinha visto nada de interessante na internet. Mas Gabi, como sempre, me convenceu e eu não me arrependi. Gabi sempre acertando!
Pegamos um Uber e seguimos as três para Nova Petrópolis. Foi 73,00 reais a viagem. Chegando lá, demos uma voltinha pela praça principal, tiramos algumas fotos e resolvemos entrar no labirinto verde que tem na praça, só para matar a saudade do labirinto do palácio de Hampton Court na Inglaterra, onde fomos, também. Foi divertido!
Dali fomos caminhando até o parque Aldeia do Imigrante, mas como era quase hora do almoço, acabamos parando em um restaurantezinho (Quiero Café) que fica em um bequinho bem gostosinho, onde tiramos muitas fotos.
No restaurante, pedi uma saladinha com suco de abacaxi e hortelã, e um penne ao funghi secci. Estava gostosinho. Preço camarada e ambiente agradável, além de bom atendimento.
Enquanto fui comedida e pedi um cafezinho espresso, Gabi enfiou o pé na jaca e pediu um capuccino que me fez salivar.
Depois de enchermos a pança, seguimos para o Parque Aldeia do Imigrante. Malu não quis ir porque disse que seu joelho estava começando a doer. Na verdade, achei que foi uma desculpa para ficar mais um tempão fuçando uma loja de couros que tinha ali perto, rsrsrsrsrs. Eu e Gabi seguimos pelo parque, que foi surpreendentemente legal e restaurador.
Esse parque tem umas lojinhas, um lago com pedalinhos e uma “vila” com uma igrejinha com cemitério, uma sala com maquetes de construções da colonização alemã na cidade e um museu. Foi uma visita interessante, que fez a viagem valer a pena. Nada extraordinário, mas valeu a visita.
Quando saímos do parque, pegamos Malu com o Uber e seguimos para Gramado. Mas no meio do caminho resolvemos ir para o Le Jardin, um parque de lavandas. Estava quase na hora de fechar, mas fizemos uma visita rapidinha. Tem um restaurante, uma loja e um horto no local. Canteiros de lavanda, mesmo, tinha uma miséria. Esperava encontrar algo mais extenso. Mas valeu o passeio, pelo menos pra conhecer e ver que não preciso mais voltar, hehehehe. Mas a loja tem umas coisas bem legais, e foi onde passei mais tempo (pra variar) até porque o ambiente estava muito agradável, com uma lareira acesa e um perfume gostoso no ar.
Como deu a hora de fechar o jardim, pegamos um Uber para voltarmos à cidade, e no meio do caminho resolvemos procurar uma hamburgueria para jantarmos. Eu estava morrendo de vontade de comer um hambúrguer suculento, e o motorista super nos recomendou o Toro, uma casa de carnes no centro que também tem hambúrgueres.
Eu fiquei embasbacada com o Toro, não só pelo hambúrguer divino, com chips de polenta, mas também pelo ambiente estilo country, MUITO MANEIRO. Gente, virei fã de carteirinha, e será mais um restaurante que irei sempre. Não é barato, mas super vale a pena. Viajar pra Gramado contando migalhas não dá certo!
Como fomos as primeiras a chegar, logo fomos atendidas. Pedi uma margarita para iniciar os trabalhos, e logo montamos o nosso sanduíche, que podemos escolher o que queremos nele, e com os acompanhamentos que quisermos. Resolvi experimentar os chips de polenta, e, gente do céu, morri!
Nota mil pra esse sanduba, e dois mil pros chips. Nunca mais como hambúrguer em Gramado em outro lugar. É caro, mas super recomendo.
Todo o ambiente tem uma vibe muito maneira. Até o banheiro é super criativo, com garrafas de uísque usadas como porta-sabonete líquido. O banheiro tem aparência de largadão e sujo, mas é só aparência. É tudo super limpo e cheiroso. Bem, estava no começo da noite, e lá tem música ao vivo também. Não sei como fica no fim da noite com muita gente bêbada, hehehehe.
E pra fechar com chave de ouro, finalizei com uma mousse de chocolate ao uísque. Bem, tinha uísque na receita, e vinha um adicional em um tubo de ensaio, que não adicionei, já que não sou mega fã de uísque. Mas estava muito bom.
Fomos caminhando em direção à Borges, quando me deparei com uma loja de cucos. Eu sempre quis ter um cuco, e quase comprei um em Bruges (Bélgica), quando estivemos lá em 2018. Mas como o envio era caro e eu não sabia se o cuco chegaria no Brasil inteiro, resolvi desistir. Mas ao passar pela Kukos nesse dia, eu resolvi entrar e sofrer um pouquinho. Mas meu sofrimento logo virou loucura, e eu paguei uma modesta fortuna para comprar um cuco mecânico (sim, existem cucos eletrônicos) para chamar de meu. Por medo de estragar o cuco e não querendo esperar tanto tempo pela sua chegada, resolvi trazer ele pra casa como bagagem de mão. Para isso, precisei despachar uma das malas de mão, e assim meu cuquinho chegou são e salvo, e já está em seu lugar de destaque no meu brechó (minha casa), como chama minha filha, hehehehe.
E caminhando por perto da rua coberta, fomos passando pelas lojinhas que ficam ali do ladinho. Enquanto esperava Malu sair de uma das lojas, já que estava demorando muito, resolvi entrar numa loja de vinhos chamada Jolimont, para perguntar sobre um vinho. A moça que me atendeu me convenceu a fazer uma degustação dos vinhos deles, e apesar de eu ter dito que não queria, ela insistiu tanto que acabei tomando. Gente, que vinho horrível!!!
O vinho que mais gosto é da uva pinot noir, que geralmente tem um teor alcólico mais leve. O pinot noir deles era tão alcóolico que parecia que eu estava tomando o álcool de cana puro. E assim foi com praticamente todos os vinhos que provei. O único que se salvou (para o meu gosto) foi um que custava a bagatela de 500 reais, e pelo qual não pagaria nem 100. Não consigo entender como uma marca de vinho tão ruim tem loja em praticamente cada esquina na região (Gramado e adjacências). Se dependesse do meu paladar, morreriam de fome. Talvez usasse o vinho para cozinhar somente, porque para beber, não, obrigada!
A noite encerrou e fomos pra casa dormir. E no dia seguinte, sem termos um lugar específico para ir, fomos para o Lago Negro depois do café da manhã.
Os dias de sol acabaram, e o tempo voltou a ficar cinza e mais frio. Pegamos um Uber e seguimos até o Lago Negro, pois no ano passado caímos na besteira de ir a pé e quase morremos, porque é uma pirombeira arretada.
O lago estava muuuuito cheio de gente. Em comparação com o ano passado, que fomos em outubro, agora tinha gente “saindo pelo ladrão”.
Demos a volta no lago caminhando, e não tendo muito mais o que fazer, voltamos para o centro. Como estava perto da hora do almoço, resolvemos comer no Nonno Mio, que tinha um rodízio de massas. Apesar de caro, 98 reais por pessoa, resolvemos ver qual era, e concluí que é um rodízio meia-boca e que, sinceramente, não vale todo o dinheiro pago, principalmente por ser massa. Nem tirei fotos.
A única coisa remarkable que aconteceu nesse restaurante foi que a perna dos meus óculos pra perto soltou, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk (“Lady” Murphy). O parafusinho caiu na mesa, mas Gabi conseguiu guardar na caixa de óculos dela “por ser um local seguro” para não perder. Ao sairmos do restaurante, seguimos direto para uma ótica, e quando Gabi foi pegar o parafuso na caixa de óculos, cadê??? Perdeu!!!!!! hahahahahahahahaha. Gente, essa foi a viagem da saga dos óculos.
Acabei comprando duas armações de titânio com fibra de algodão, que segundo a mulher da ótica são mais resistentes do que as armações comuns de metal ou policarbonato. Espero que realmente sejam, porque custaram um rim e meio.
Depois do almoço resolvemos ir ao Mundo a Vapor, mais uma vez, convencida pela Gabi. E novamente, não botei fé na parada e me surpreendi. Não deixem de ir!!!
Pegamos um Uber e seguimos para a atração, que fica no caminho para Canela.
O Mundo a Vapor é uma atração que mostra historicamente como foram criadas as principais máquinas a vapor para a indústria mundial. Cada máquina, em um determinado país, tinha sua maquete móvel, que demonstrava claramente como tudo funcionava, tudo narrado pelo funcionário do local. Gente, super recomendo essa atração. É padrão quase Disney! Super vale a pena, não deixem de ir quando forem a Gramado. Eu fiz muitos vídeos e tirei poucas fotos. Fiquei tão entrertida com tudo que esqueci de fotografar também.
No final da apresentação, fizemos um curtíssimo passeio de Maria-Fumaça, e depois seguimos para uma sessão de fotos de época, onde uma foto era gratuita. Mas ficaram todas tão legais que acabei comprando todas, pelo preço de 135,00 reais, sendo que uma delas escolhi colocar em uma moldura (incluída no preço).

Dali fomos para a Havan que fica bem ao lado, mas Gabi e Malu estavam demorando tanto que eu resolvi ir pra cidade, porque meu estômago já estava reclamando e eu queria comer no Hard Rock mais uma vez. E a fome era tanta que além da Caesar Salad, ainda pedi um camarão asiático lá não sei das quantas, e um copão de margarita.
Gabi pediu que eu pedisse um sanduíche pra ela, pois elas já estavam a caminho., e Malu acabou pedindo o mesmo camarão que eu depois que provou do meu e gostou.
E para dar o golpe mortal, pedimos o crumble de maçã, que é de parar o trânsito. Comi devagarinho pra saborear cada farelo. Gente, é ma ra vi lho so!!!!
No dia seguinte saimos de casa quase na hora do almoço, e resolvemos ir comer num restaurante chamado Olivas, que recomendo QUE NUNCA COMAM LÁ! Gente, uma bosta, decepção total! Pedi uma carne cara à beça, quase 100 reais, e vieram dois pedaços de carne com 6 batatinhas com casca, tipo calabresa, sendo que tinha tanta pelanca nas carnes que juntando todo o sebo que tirei deu praticamente o peso de um dos pedaços da carne. Uma bosta com todas as letras. Se forem a Gramado, passem batido por esse lugar. Além da porcaria da comida, a margarita que pedi veio quase pela metade do copo. Ainda brinquei com o garçon dizendo que alguém tinha bebido minha margarita no meio do caminho até chegar à nossa mesa, mas nem assim encheram mais. Limitou-se a dizer que aquele era o padrão na cidade. Gente! Não sei onde! Lembram da margarita do Hard Rock ali em cima? Chegou tão cheio o copo que tive que ter cuidado pra não derramar.
E saindo desse lugar horrendo, onde nunca mais irei, resolvemos ir para o Museu da Moda, sendo que Malu disse que estava meio indisposta por causa do resfriado que ela também pegou. Sendo assim, eu e Gabi fomos, mas antes, resolvemos ir novamente no Castelinho Caracol nos despedir do strudel de maçã magnífico, pra compensar a porcaria que foi o almoço.
Depois do strudel, partimos para o Museu da Moda, que mais uma vez eu não coloquei fé e me surpreendi positivamente.
Apesar do preço salgado para entrar (68,00 por pessoa), tinha muitas, muitas coisas legais; super recomendo a visita! Lá, a sua criadora, a Sra. Milka Wolff, mostra, em uma área de 3500 m², como eram as roupas femininas desde 4000 anos atrás, passando pelos vários séculos até os dias de hoje. No museu também tem a história da própria Milka, descrevendo como foi a realização do seu sonho de menina, criando o único museu de moda da américa latina. É uma atração com nível de qualidade internacional.
Tirei tantas fotos que não dá pra colocar tudo aqui, mas vou por as que mais gostei. Vou depois fazer um vídeo no Youtube sobre o museu, para colocar todos os vídeos que fiz.
A maior parte do acervo são réplicas das roupas, mas há também muitas roupas e acessórios que foram doados, e muitos vestidos originais da Lady Diana, que foram arrematadas em leilões por pequenas fortunas. Há também miniaturas de vestidos de noivas de celebridades como Diana, Jacqueline Kennedy e outras.
E abaixo, a história da Milka, desde criança até a realização do seu sonho.

E ao sairmos do museu, voltamos para a cidade. Esse foi nosso último dia em Gramado. Eu não lembro em que momentos fomos por duas vezes à Lugano tomar um café à tarde, mas isso não faz muita diferença. O importante mesmo é mostrar as fotos indecentes!
E na última noite choveu MUITO forte. Os trovões eram realmente assustadores, e logo começou a chover granizo. Ficamos até preocupadas, pois na manhã seguinte pegaríamos estrada para Porto Alegre para voltarmos para casa. Mas por sorte não houve nenhum problema. O tempo continuou chuvoso, mas nada que nos impedisse de pegar estrada. Entretanto, não poderíamos deixar de ter mais um probleminha de despedida. Fomos parados pela polícia rodoviária, e ficamos uns 15 minutos agarrados porque os guardas queriam uma comprovação de pagamento do carro de transfer que estávamos usando. Enfim, demorou mas saiu, e finalmente seguimos para Porto Alegre.
E assim encerrou a nossa viagem “anual” a Gramado. Espero que ano que vem tenhamos um pouco mais de sorte.
Fico por aqui. =***